A gravidez na adolescência, foi o tema da reunião no Auditório do Colégio Cidade Roda


O Colégio Cidade Roda, promoveu reunião no dia 14 de Dezembro, inserido no projecto Escola de Pais.

A Drª Fátima Dionísio, Médica Pediatra do Hospital de Pombal, foi a moderadora da referida reunião, do tipo perguntas e respostas.
 Os aspectos mais referidos na reunião, foram: a prevenção como forma de evitar a gravidez; a recomendação de diálogo com as(os) filhas(os), para que estas se sintam à vontade, para pedirem para ser conduzidas a uma consulta de planeamento familiar e que o recurso a essas consultas, também serve para os jovens obterem informação sobre sexualidade.
 Foi referido, -- como forma de tranquilizar os pais, -- que as consultas de planeamento familiar, não são só para obter métodos de contracepção, ou para resolver problemas de gravidez não desejada.
 A assistência composta por adultos e jovens, seguiu com interesse o debate, o que foi visível pelas muitas perguntas que foram feitas. Alguns dos presentes, contribuíram também com alguma informação (e recomendações), que foram corrigidas, -- quando oportuno, -- pela moderadora, ou pelas Drªs Assunção Silvestre (Coordenadora do Departamento da Educação para a Saúde) e Cristina Santos (Dinamizadora do Gabinete Escola de Pais) e que também fizeram parte da mesa.
 A afluência de público, surpreendeu as responsáveis pelo evento, uma vez que a noite estava fria e era Sexta-feira, dia de noitada para os jovens. Apesar de alguns espaços vazios a sala estava composta.
Constatou-se que a maioria dos pais, enfrenta um paradoxo: querem ter diálogo com as filhas, para que estas se sintam à vontade, para pedirem para as levarem a uma consulta de planeamento familiar, antes de iniciarem a sua vida sexual; mas por outro lado, revelam dificuldade em aceitar, que as filhas iniciem a sua sexualidade na adolescência. 
 Por parte dos jovens, ficou no entanto patente, que gostavam de poder recorrer, (se precisarem), às consultas de planeamento familiar, (que referiram pode ser apenas para receberem informação), mas receiam a reacção os pais.
 De forma a tranquilizar os pais, foi referido por alguns dos intervenientes, -- nomeadamente uma jovem, -- que disse: “quando pedimos para ir a uma consulta de Planeamento Familiar, não é só porque queremos contraceptivos, podemos querer informar-nos só sobre sexualidade” e a Drª Assunção, acrescentou: (mais tarde, em entrevista a este jornal), que essas consultas, servem também para detectar eventuais doenças, entre as quais as ginecológicas.
 O colégio tem dois antecedentes de gravidez na adolescência. Em ambos os casos, bem sucedidas. Porque as jovens têm, hoje, formação superior, apesar de ambas, terem optado por ter os filhos. A uma delas, a mais velha, foi oferecida ajuda, mas declinou tendo sido bem sucedida, a outra foi acompanhada pelas responsáveis da escola, até à fase de contar à mãe a gravidez da filha.
 Esta dificuldade, (em contar da gravidez), suscitou recordações emocionadas, a uma das presentes, que deu o testemunho, de quando tinha trinta e cinco anos e já mãe de dois filhos, demorou 15 dias para ganhar coragem, para contar a alguém que: estava grávida e com a voz embargada pela emoção, fez um apelo: “…[mães], quando as vossas filhas pedirem que as levem a uma consulta de planeamento familiar… levem-nas!”

Estão previstas mais reuniões, com temas como: comportamentos saudáveis, técnicas de relaxamento e bullying, entre outras, no âmbito desta iniciativa de aproximar os encarregados de educação do colégio.

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